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Cerrado

Bioma: Cerrado

Mapa pintando a região do Brasil onde se localiza o bioma Cerrado

Considerada a savana mais rica do mundo, com 6 mil espécies de plantas nativas e uma enorme diversidade de espécies animais endêmicas (que são exclusivas, não existindo em nenhum outro lugar do mundo), o Cerrado abrange uma área de 2 milhões de km², cerca de 23,9% do território brasileiro. Ele está presente nos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia, Paraná, São Paulo e Distrito Federal, além de alguns encraves (um terreno dentro de outro) no Amapá, Amazonas e Roraima.

O território é um conjunto de formações vegetais, com campos naturais, savanas, veredas e florestas, com a presença de rios, córregos e cachoeiras. A área abriga aproximadamente 200 espécies de mamíferos, 800 espécies de aves, 180 espécies de répteis, 150 espécies de anfíbios e 1,2 mil espécies de peixes, que nadam pelas três maiores bacias hidrográficas do continente, cujas nascentes situadas no bioma elevam o potencial aquífero da área. O Cerrado é uma das mais importantes fontes de água para o país, sendo conhecido como o berço das águas do Brasil.

Apesar da sua importância, atualmente o Cerrado é o segundo bioma mais ameaçado do país e, embora seja o segundo maior bioma da América do Sul, possui a menor porcentagem de áreas com proteção integral, ou seja, apenas 8,21% da área total do território é legalmente protegida com unidades de conservação. Essa é uma das razões que fazem do Cerrado o bioma brasileiro que mais sofreu alterações com a ação humana. Atualmente, a área conta com intensa exploração predatória: inúmeros animais e plantas correm risco de extinção e estima-se que 20% das espécies nativas e endêmicas não ocorram em áreas protegidas.

Nos últimos 35 anos, mais de 50% do território foi transformado em pastagens e terras agrícolas para cultivo comercial. As taxas de desmatamento também preocupam, pois têm sido maiores no Cerrado do que na floresta amazônica. A erosão do solo, a degradação das diversas formações vegetais e a disseminação de gramíneas exóticas são ameaças importantes. O uso do fogo para limpar a terra e estimular o crescimento de pastagens também tem causado danos, embora o bioma seja um ecossistema adaptado ao fogo. Quando o Cerrado é desmatado, compromete-se os recursos hídricos, que são fonte de água para mais de 25 milhões de pessoas. Além disso, impactam a vida de nove em cada dez brasileiros que consomem eletricidade produzida com as águas do Cerrado. Por esses motivos, toda decisão sobre o uso da terra também é uma decisão sobre o uso da água.

O Dia Nacional do Bioma do Cerrado é celebrado em 11 de setembro.

Como preservar

Você pode ajudar a preservar o bioma do Cerrado adotando medidas simples na sua rotina. Confira algumas dicas:

- Promova a conscientização do consumo: busque produtores locais, opte pela moda sustentável e faça uma ressignificação da necessidade de comprar;

- Evitar queimadas e desmatamentos;

- Faça a separação dos resíduos produzidos em casa e preste atenção aos ambientes que você circula: reduza o plástico no dia a dia, busque cooperativas locais de reciclagem e procure alternativas para fazer a compostagem do lixo orgânico (existem empresas que fazem compostagem urbana);

- Conheça os parques públicos da sua região e ajude no apoio e na divulgação de iniciativas de restauração e preservação de espécies;

- Participe de iniciativas que promovam o bioma local;

- Fique por dentro das iniciativas do seu município como plano diretor, plano de arborização e iniciativas de preservação da cidade.

Fonte: Corredor Ecológico

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Parceiro

A Associação Corredor Ecológico do Vale do Paraíba (Corredor Ecológico) tem como objetivo propor a conectividade florestal e a articulação de diferentes atores sociais, por meio do estudo da dinâmica da paisagem do Vale do Paraíba e do diálogo junto à comunidade, respeitando a cultura local e a serviço da vida. O projeto foi criado em 2009, a fim de interligar diferentes fragmentos de Mata Atlântica na região do Vale do Rio Paraíba do Sul, conectando 150 mil hectares de floresta. Para tanto, foi desenvolvida uma metodologia, em parceria com a Unesp Guaratinguetá, chamada “Linhas de Conectividade”, que são como fios condutores que unem os fragmentos da mata nativa da região. Desta forma, o que se pretende é interligar o que antes estava isolado, permitindo o fluxo biológico de animais e sementes, além de conciliar conservação da biodiversidade, proteção dos recursos hídricos e desenvolvimento ambiental e socioeconômico da região.

O Corredor Ecológico acredita que é fundamental construir conexões, com foco também nos desdobramentos em educação, cultura e tecnologias sociais com os públicos do projeto: produtor rural (individualmente e em coletivos), poder público, organizações/empresas e comunidades locais. Esse diálogo é determinante para que possam ocorrer ações integradas de reflorestamento, educação, cultura e referências de tecnologia dentro da perspectiva de uma cultura de paz nas ações de reflorestamento.

Saiba mais em www.corredorecologico.com.br

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