Qual o papel da escola na educação inclusiva?
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O processo de inclusão na escola vai além da estrutura física, é necessário profissionalização e apoio dos familiares
Inclusão é uma das pautas que mais ganhou relevância em diversos setores da sociedade. Falamos de inclusão no ambiente de trabalho, na política, nas escolas e universidades, na sociedade como um todo.
Esse processo deve começar ainda na infância, tanto o fato de incluir, quanto o ensino para inclusão. As escolas brasileiras precisam estar preparadas para receber alunos com diferentes particularidades.
Uma das maiores necessidades de inclusão envolve os alunos com Transtorno do Espectro Autista. Segundo o Censo Escolar de 2023, são cerca de 636 mil alunos matriculados em escolas no Brasil. Um número relevante, que não para de crescer, e apresenta como o cenário da inclusão e o papel das instituições de ensino nesse processo é importante.
O que é educação inclusiva?
A inclusão escolar é uma prática que prevê o respeito às diferenças individuais e a valorização da contribuição de cada pessoa no processo de aprendizagem. A pedagoga Paula Rinali, além de trabalhar com inclusão, vivencia de todas as formas a realidade do tema. Ela é mãe atípica. Seu filho, o pequeno Cauã, de 7 anos, foi diagnosticado com Sequência de Pierre Robin, TEA e TDAH.
Ela explica que a educação inclusiva é incluir a todos, sem pensar em questões raciais, econômicas, se existe algum transtorno ou deficiência, ou seja, sem separar ninguém.
“A educação inclusiva abrange e abraça a todos”, relata Paula.
Como as escolas podem adotar a educação inclusiva?
Para a pedagoga, pós graduada em práticas psicopedagógicas e neuropsicopedagogia clínica, o primeiro passo para que a escola se torne inclusiva é investir na formação de professores e funcionários.
“Eles precisam saber como lidar e como interagir com essas crianças, para que a inclusão seja realmente aplicada. Sem formação não existe o conhecimento”, afirma.
Paula reforça também a importância de políticas públicas para ajudar as escolas nesse processo, principalmente nos modelos de aprendizagem, tornando os professores facilitadores com a capacidade de incluir dentro da sala de aula e em todos os contextos da vida escolar.
“Precisamos adotar currículos que sejam mais abertos e flexíveis trazendo bastante interação entre os alunos”.
Quais recursos e ferramentas a escola pode adotar para ser inclusiva?
Segundo Paula, é preciso pensar também na estrutura da escola facilitando a acessibilidade de todos os indivíduos de acordo com suas necessidades, como rampas, banheiros adaptados e pranchas de comunicação, por exemplo.
Ela traz o exemplo do seu filho, autista não verbal – que não sabia se comunicar de nenhuma forma. Através de um recurso chamado Comunicação Aumentativa Alternativa, ele passou a acompanhar as aulas e interagir.
“Através do CAA, a gente consegue estabelecer uma comunicação, entender o que ele quer, e é muito útil na questão de previsibilidade e flexibilidade no sentido de entender que a criança não está querendo ficar muito tempo sentada, aí é momento de levantar dar uma volta, tornando o ambiente de aprendizagem mais confortável para a criança” afirma.
A participação da família na escola é importante
A inclusão das famílias na escola é outro ponto importante. As famílias precisam estar dentro do ambiente escolar se informando sobre como foi o dia da criança acompanhando os processos de aprendizagem.
“É preciso que família e escola andem de mãos dadas para facilitar todo o processo de ensino, por que muitas vezes é através da família que os professores obtêm informações preciosas que podem facilitar o processo de aprendizagem”, relata.
De acordo com Paula, a escola também tem o papel de formar seus alunos para respeitar, entender e incluir as pessoas com suas diferenças e limitações, tornando um ambiente inclusivo.
Materiais escolares também podem ser inclusivos
O uso de materiais escolares inclusivos é de extrema importância para o aprendizado e para tornar esse processo mais fluido, respeitando as necessidades e o tempo de cada indivíduo.
A Mercur possui materiais escolares inclusivos pensados nas necessidades dos estudantes. Como por exemplo a Cola Branca e a Cola em Gel, com um frasco em formato cilíndrico e mais robusto.
Auxiliar pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, que possuem dificuldade de preensão, facilitando a pega no produto.
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