Rompimento do tendão de aquiles: causas e tratamentos

Neste texto, você vai ler sobre:

• As causas do rompimento no tendão de aquiles;
• Quais atividades físicas são mais propensas a romper o tendão de aquiles;
• Como prevenir o rompimento do tendão de aquiles.

A prática de esportes no dia a dia tem se tornado uma tendência, principalmente a corrida. Quem não conhece um amigo ou conhecido que começou a correr recentemente?

De acordo com dados da Ticket Sports, o número de corridas de rua cresceu 20% de 2022 para 2023.

Apesar dos inúmeros benefícios à saúde a ao condicionamento físico, há um risco na prática de qualquer esporte que exige maior impacto, sobretudo quando não há preparo prévio.

O rompimento do tendão de aquiles causa uma dor súbita e intensa, além de dificuldades para caminhar.

“O sintoma mais característico de uma ruptura do tendão de Aquiles é a sensação de uma “pedrada” ou golpe na região do calcanhar, muitas vezes acompanhada de um estalido audível e a sensação de que o pé “caiu”. Este quadro clínico é distinto de outras condições como tendinite ou bursite, que geralmente não apresentam estalido nem a sensação de pé caído, mas podem causar dores na panturrilha ou ao redor do calcanhar”, explica o fisioterapeuta esportivo Arthur Bregieiro.

Quais são as causas do rompimento no tendão de aquiles?

O fisioterapeuta esportivo explica que existem fatores de risco na execução de atividades físicas que merecem atenção para evitar o rompimento do tendão de aquiles.

Prática de Atividade Física Intensa:

Esportes que envolvem corridas, saltos e mudanças bruscas de direção, como basquete, tênis e futebol, aumentam significativamente o risco de lesão do tendão de aquiles.

Falta de Aquecimento Prévio:

Iniciar a prática de atividades físicas de maior intensidade sem realizar um aquecimento adequado pode deixar o tecido tendíneo mais suscetível a lesões. Movimentos bruscos executados “a frio” aumentam a probabilidade de ruptura.

Histórico de Lesões no Tendão:

Pessoas que possuem um histórico de tendinites, dores crônicas ou lesões anteriores no tendão de Aquiles apresentam maior risco de sofrer uma ruptura completa.

Sobrecarga no tendão de aquiles:

Movimentos compensatórios e oscilações biomecânicas durante atividades como saltos e corridas podem levar a uma sobrecarga no tendão, aumentando a chance de ruptura.

Como tratar o rompimento no tendão de aquiles?

Em casos de rupturas parciais, a imobilização e a fisioterapia podem ser recomendadas. Já em casos mais graves é feita a tenorrafia, que é sutura do tendão rompido, indicada principalmente para pessoas que realizam atividades físicas de impacto.

“O tempo médio de recuperação após a ruptura do tendão de Aquiles varia de 6 a 8 meses, podendo se estender até 1 ano em casos mais complexos”, explica o fisioterapeuta esportivo.

Segundo Bregieiro, a reabilitação deve ser acompanhada de perto por um profissional de fisioterapia e ortopedia para monitorar o progresso e ajustar o tratamento conforme a necessidade.

A pessoa em recuperação pode passar por algumas fases durante o processo, desde repouso com órteses para exercícios leves e mais dinâmicos, até poder retornar às atividades habituais.

O que pode auxiliar na recuperação?

O uso de um Suporte em Cunha para o Tendão de Aquiles é um acessório indicado durante o processo de recuperação da lesão e é usado junto com a Bota Imobilizadora M1.

O suporte promove um posicionamento em flexão plantar do tornozelo – ou seja, a elevação do calcanhar para alívio da tensão sobre o tendão em condições traumáticas ou pós-operatórias.

Quais exercícios podem prevenir o rompimento no tendão de aquiles?

De acordo com o fisioterapeuta esportivo Arthur Bregieiro, alguns exercícios podem ser realizados no dia a dia para evitar lesões e a ruptura no tendão de aquiles.

O profissional alerta, porém, que a prevenção deve ser indicada e acompanhada por um profissional, e pessoas que realizam esportes como a corrida, futebol, tênis, entre outros, devem se prevenir de lesões.

“Para prevenir rupturas do tendão de Aquiles, é recomendado incluir exercícios pliométricos na rotina de treinamento. Estes exercícios, que envolvem componentes elásticos, como saltos, ajudam a aliviar a tensão direcionada aos tendões dos membros inferiores. Portanto, realizar variações de salto relacionadas ao esporte praticado e ativação pré-treino pode contribuir para a prevenção de lesões”, conclui Bregieiro.

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