Borracha Nativa: projeto promove comunidades indígenas locais
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Comércio ético de borracha natural tem gerado aprendizados mútuos para a Mercur e povos da floresta.
Neste texto você vai encontrar:
- Importância e territórios do projeto Borracha Nativa
- Como o projeto promove comunidades indígenas e extrativistas locais
- O que a Mercur aprendeu com as comunidades indígenas locais
Há 13 anos a Mercur desenvolve o projeto Borracha Nativa para contribuir com a conservação da Floresta Amazônica e garantir o sustento dos seus povos.
Realizado por meio de parcerias com ONGs e comunidades indígenas e ribeirinhas, garante a compra de borracha natural produzida em quatro territórios: Reserva Extrativista Rio Xingu, Reserva Extrativista Riozinho do Anfrísio, Reserva Extrativista Rio Iriri e Terra Indígena Xipaya.
Em maio de 2023, em parceria com a Origens Brasil (uma rede que promove negócios sustentáveis na Amazônia em áreas prioritárias de conservação que promove o comércio ético), a iniciativa foi ampliada com a Pacto das Águas, organização sem fins lucrativos com foco em garantir a geração de ocupação e renda às comunidades da Amazônia.
A nova parceria amplia a atuação em quatro novas terras indígenas no estado de Rondônia (Igarapé Lourdes, Rio Branco, Sete de Setembro e Uru-Eu-Wau-Wau), impactando a vida de cinco povos indígenas: Arara, Amondawa, Gavião, Rio Branco e Suruí Panang.
Ao longo do projeto, muito além de uma parceria comercial, a empresa tem desenvolvido junto a essas comunidades uma relação permeada por trocas e aprendizados mútuos.
Apoio a comunidades indígenas locais
A organização tem auxiliado os extrativistas, comunidades indígenas e agricultores familiares a melhorarem seus processos produtivos e desenvolverem novos produtos.
Esses processos buscam interferir o mínimo possível nas comunidades, sua forma de vida e na conservação da floresta.
“São tomados diversos cuidados para que o contato com as comunidades tradicionais não venha a prejudicar a cultura local ou incentivar atividades que não contribuam para manter a floresta em pé”, explica Mateus Szarblewski, químico da Mercur.
“O primeiro passo começa pela criação conjunta de tecnologias considerando os recursos e formas de fazer locais. Tomamos sempre o cuidado para não ‘industrializar’ a floresta, mantendo o entendimento que a cultura, a forma de fazer local e a possibilidade dos povos tradicionais manterem sua forma de vida ao lado da floresta são os principais resultados do projeto, ficando na frente, até mesmo, da quantidade de borracha produzida”, ressalta.
O que aprendemos com os povos da floresta?
“Como empresa, temos aprendido muito. Aprendemos a cocriar tecnologia baseada nas necessidades e possibilidades locais, aprendemos a construir relacionamentos baseados em questões humanas, e ainda temos muito a aprender em busca da construção de um mundo que possa ser bom pra todo o mundo”, destaca o facilitador da Mercur Jorge Hoezel.
Conhecer a sabedoria dos povos da floresta também tem sido uma oportunidade única para a empresa que tem ampliado a sua capacidade de ouvir.
“Muitas vezes ficamos por horas escutando os extrativistas falar, na linguagem deles, sobre a química, física e biologia da floresta”, explica Szarblewski. Para ele, as falas são permeadas por conhecimentos ancestrais.
“Percebemos elementos que remontam a seus antepassados, transmitidos por gerações pela observação ativa e diálogos, o que constrói a sabedoria desses povos. Essa sabedoria, se encontra de forma prática nos ritos e costumes, no conhecimento dos ciclos naturais, na culinária, nos estilos de construção e muitas outras formas”, ressalta.
E é apostando nas trocas constantes e aprendizados mútuos que a Mercur e os extrativistas pretendem fortalecer ainda mais o projeto.
“Juntos, temos construído um projeto que mostra uma grande possibilidade de transformar a Terra do Meio num exemplo de prosperidade humana, econômica e socioambiental. A partir de uma visão de justiça humana, fomos conduzidos pelas organizações locais a construir relacionamentos verdadeiros de valor compartilhado com benefícios para todos os públicos”, analisa Hoelzel.
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