Desfile de Moda Inclusiva apresenta roupas com propósito e celebra a diversidade
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Evento apresentou peças criadas para modelos de baixa estatura e com nanismo, provendo uma moda mais diversa e inclusiva
Neste texto você vai encontrar:
- Relatos sobre o evento Desfile de Moda Inclusiva
- Depoimentos dos idealizadores e modelos
Em uma noite muito especial, no Teatro da universidade, em Lajeado, 31 modelos, com e sem deficiência, apresentaram as coleções desenvolvidas como trabalho de conclusão da graduação em Moda.
O evento, que fez parte das atividades da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência, teve como objetivo principal apresentar roupas que proporcionem bem-estar, independência e funcionalidade ao dia a dia de todas as pessoas.
Segundo Heloísa Sangalli Beneduzi, uma das alunas que criou peças para o desfile e trabalhou com modelos de baixa estatura e com nanismo, o mais gratificante de todo o trabalho foi fazer algo com propósito, para atender as necessidades de alguém.
“Essas mulheres precisam adaptar a maioria das roupas, o que modifica bastante a peça e faz com que a modelagem não fique tão certinha no corpo. Para mim foi um desafio encontrá-las, fazer com que se sentissem bem e participassem. Agora nos tornamos amigas”, conta.
Um mundo com mais diversidade
Daiane Mongenstern, uma das modelos que desfilou com as roupas criadas por Heloísa, ressalta que a atitude serve para conscientizar mais pessoas sobre a diversidade que existe no mundo:
“Foi muito bacana porque percebi que tem alguém olhando não apenas para o perfil padrão imposto pela sociedade. Pessoas que não têm como foco desenvolver roupas visando lucro ou a beleza, mas sim pensando na necessidade. Eu adorei participar, porque por mais que encontre roupas para a minha estatura, sempre é preciso adaptar ou elas não se adequam ao meu estilo”.
A professora e orientadora do trabalho de Heloísa, Beatriz Rossi, ressaltou que a ideia de vincular o TCC à moda inclusiva foi resultado do sucesso e aprendizados do primeiro desfile, realizado em 2016.
“Um dos motivos que nos levou a incluir nas coleções do TCC uma peça de moda inclusiva foi o fato de que se a gente quer incluir de verdade, precisamos dessa mescla, dessa diversidade, dessa mistura entre as pessoas com e sem deficiência”, relata.
Para Camila Lima, colaboradora da Mercur que atua no projeto Diversidade na Rua, é uma alegria chegar a 2º edição do Desfile.
“Conseguimos enxergar muitas evoluções em comparação à primeira edição. Ver pessoas com e sem deficiência compartilhando do mesmo espaço, isso define o que é inclusão. As pessoas precisam ter suas necessidades atendidas para viver bem em sociedade. Com certeza, para quem sabe uma 3º edição, conseguiremos chegar a resultados diferentes porque estar com as pessoas nos proporciona isso: aprendizados constantes”, comemora.
Além do desfile, a noite teve outros momentos especiais: a apresentação de integrantes da Apae de Estrela e o monólogo Ícaro, interpretado pelo ator gaúcho Luciano Mallmann, que em 2004, após cair durante uma acrobacia em tecido, sofreu uma lesão na medula e tornou-se cadeirante.
Luciano ganhou a atenção de todos durante sua apresentação. A identificação do público com as histórias narradas por ele foi imediata.
Preocupação com a sociedade
Além de promover a diversidade, desde 2009 a Mercur vem implementando uma série de ações, iniciadas com uma virada de chave, em que foi tomada a decisão de abrir mão de algumas linhas de produtos. Um portfólio menor e com menos impacto, focando na sustentabilidade.
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