6 dicas de autocuidado durante a gestação
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Os períodos de gestação, parto e pós-parto são complexos e únicos. Veja como priorizar o autocuidado na gravidez
O período da gestação é um grande desafio. Afinal, ao mesmo tempo em que é preciso garantir o bem-estar físico e mental da pessoa gestante, a preocupação principal acaba sendo o desenvolvimento saudável do bebê. Porém, é possível garantir as duas coisas de forma simultânea.
Desconfortos como enjoos, cansaço e desejos alimentares são comuns nessa fase, mas, além das questões físicas, há também aspectos mais profundos, como o cuidado com a saúde mental durante esse período.
Em uma conversa com profissionais de saúde, elencamos 6 dicas para ajudar a priorizar o autocuidado na gestação:
1 – Busque informações com profissionais e em publicações confiáveis
Educação em saúde é um importante passo na fase pré-natal, segundo o ginecologista, obstetra e professor de Medicina Leandro Assmann. Ele explica que, ao longo dos anos, o tema da gestação tem gerado múltiplos mitos, com publicações na internet sem embasamento de profissionais de saúde. Assim, checar a fonte das informações e exigir informações embasadas em conhecimento científico, não apenas em experiências, é essencial.
A doula Verônica Christimann Varela recomenda a busca por informações de qualidade em oficinas, grupos e rodas de conversa sobre o tema. Ela indica também que, se possível, a gestante tenha uma equipe multidisciplinar que apoie suas escolhas.
“Buscar o autoconhecimento, elaborar um Plano de Parto para o dia, conhecer seu corpo e como funciona a fisiologia do parto para que o desconhecido não a assuste durante o processo também é importante”, afirma.
2 – Pratique exercícios adequados ao período e faça alongamentos
É importante se mexer, praticar exercícios e desenvolver a consciência corporal. Soltar o quadril, rebolar, se movimentar sem medo e sem receios é uma dica preciosa para durante o trabalho de parto se conectar com a experiência e saber fazer os movimentos que o corpo pede.
Verônica recomenda meditação para aprender a respirar, yoga e também exercícios com a Faixa Elástica para Exercícios da Mercur, com a qual é possível fazer alongamentos que aliviam dores na lombar. A respiração plena, necessária durante os exercícios, vai ajudar não apenas no momento do parto, mas a reduzir a ansiedade e se sentir mais leve. Esses aprendizados podem ser mantidos para a vida.
3 – Tenha uma alimentação saudável
Uma má alimentação pode acarretar em problemas como constipação, alergias alimentares, enjoos, câimbras, inchaços e problemas de circulação, infecções urinárias recorrentes, diabetes gestacional, anemia, entre outros.
Segundo a nutricionista Roberta Santos, pós-graduada em Medicina Esportiva e Ciências da Saúde, é importante buscar conhecimento a respeito da reconfiguração do organismo durante a gestação. Ela sugere a adoção de hábitos saudáveis necessários a essa fase que sejam compatíveis com a rotina, de maneira que possa ser uma prática possível.
“Prefira alimentos frescos e naturais em detrimento do consumo de industrializados. Consuma nas principais refeições (café da manhã, almoço e jantar) um componente de cada grupo alimentar como carboidrato integral, leguminosas, proteína, legumes, verduras e frutas. Varie qualidade e tipos e faça uma adequação das quantidades”, resume.
Comer bem também é um aprendizado para a vida.
4 – Conte com uma equipe multidisciplinar especializada
Obstetra, fisioterapeuta, psicólogo, nutricionista, enfermeiro, doula, entre tantos outros profissionais capacitados, podem contribuir com informações e orientações úteis ao seu processo.
“É preciso buscar ajuda, seja com profissionais médicos ou de outras áreas, mas não esperar apenas exames ultrassonográficos e outras tecnologias disponíveis, que são importantes sim, na medida certa, embasam os seus cuidados durante a gestação. Conversar, questionar, tirar dúvidas, diminuir seus medos trará maior confiança e tranquilidade para todo esse processo”, ressalta o obstetra Leandro Assmann.
No mesmo sentido, a doula Verônica ressalta a importância de se repensar as práticas de atenção à mulher pelos profissionais de saúde, para que busquem e promovam ações que possam atender às reais necessidades da forma mais humanizada e multidisciplinar possível, respeitando os aspectos psicossociais da mulher.
5 – Siga o que se aplica à sua rotina
A gravidez é um processo único para cada mulher. Há muita informação disponível e você deve seguir o que se aplica a você, à sua realidade, à sua rotina. Sem julgamento. Sem culpa.
O obstetra Leandro Assmann comenta que, em época de superexposição na internet, a mulher parece ser forçada a demonstrar que sente plena felicidade e que o filho que virá é a coisa mais importante e, por isso, o centro das atenções.
“Não podemos esquecer que este período é, antes de tudo, da gestante, pois é ela quem passa por intensas mudanças físicas e psíquicas e que determinam, nem sempre, aquela esperada felicidade a todo momento. E que vêm também medos, angústias e muitas dúvidas. Não se deve superestimar o aconselhamento e a pressão que o ambiente exerce sobre a grávida. Ela tem sim seus medos e apreensões. Por isso, procurar ajuda por meio da escuta, buscando compreensão e orientação parece ser o melhor caminho para que uma gestação ocorra da maneira mais plena possível”, sugere Assmann.
6 – Se conecte com as suas necessidades
Para aliviar os desconfortos como inchaço ou dificuldades, é indicado usar travesseiro no meio das pernas e na lombar, um banho demorado e morno para relaxar todo o corpo antes de dormir e manter os pés aquecidos com uma Bolsa Para Água Quente.
Para ajudar no alívio da tensão sobre músculos e ligamentos e auxiliar na circulação sanguínea, diminuindo o desconforto das pernas e costas, é possível utilizar uma Órtese Abdominal para Gestante. Talvez você não tenha os mesmos sintomas que outras mulheres. Por isso, procure falar, expressar suas dores e angústias para buscar o que é melhor para você.
Verônica conta que seu principal aprendizado na caminhada como doula que dá suporte a mulheres e suas famílias é sobre como a mulher pode se surpreender com sua força.
“Uma mulher empoderada é capaz de mover montanhas. E vejo famílias nascerem após uma experiência cheia de amor, carinho e segurança, com muito mais empatia e união”, conta.
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