Saúde

Como ajudar pessoas idosas a usar bengalas?

Publicado em: 19 de agosto de 2024

Tempo estimado de leitura: 4 minutos

Por: Maré – Marca e Conteúdo

O uso do recurso deve ser visto como uma forma de independência, e não como limitador. Mas como ajudar a pessoa idosa nesse processo?

Neste texto, você vai ler sobre:

  • Para que serve a bengala;
  • Como auxiliar pessoas idosas a usar bengalas;
  • Como cuidadores e familiares podem ajudar nesse processo.

A chegada da terceira idade não deve ser encarada como um fator limitador, ou como a perda da autonomia e independência.

De acordo com o último Censo do IBGE, o número de idosos no Brasil está aumentando. O total de pessoas com 65 anos ou mais no país alcançou a marca de 10,9% da população, um crescimento de 57,4% em relação ao ano de 2010.

Com a busca ainda maior por qualidade de vida nesta faixa etária, muitas pessoas podem encarar a fase com medo – e até com vergonha -, sobretudo quando há a necessidade de utilizar algum recurso de mobilidade, como a bengala.

Afinal, para que serve a bengala?

A bengala é um recurso que proporciona o auxílio na caminhada, promovendo melhor estabilidade durante a marcha.

Esse recurso pode ser usado por pessoas idosas ou não, que passaram por condições de saúde que afetam a locomoção, como esclarece a fisioterapeuta Isadora Postiglioni.

“Diversas condições de saúde podem acarretar em dificuldades no equilíbrio, como artrose no joelho e quadril, pessoas que sofreram um AVC, Parkinson, paralisia cerebral, pessoas com tonturas, ou mesmo pessoas idosas que não praticam atividade física”, esclarece.

Como a bengala pode ajudar na autonomia da pessoa idosa?

De acordo com a fisioterapeuta, usar a bengala por um momento não significa que a pessoa precisará usar para o resto da vida. Em casos onde é necessário um processo de reabilitação, o paciente pode não precisar mais usar bengala depois de um certo tempo.

“Isso varia de caso para caso, mas todo mundo tem potencial de melhora. A bengala é uma aliada na reaquisição da capacidade de caminhar. Sem ela, pode ser até mais demorado o processo de retomar a independência “, explica.

Isadora ressalta que é importante conversar com a pessoa idosa, conscientizando que a independência é conseguir fazer as tarefas sozinho, se locomover sem precisar de apoio de outra pessoa, com segurança e efetividade.

“Ninguém quer sair de casa com medo de tropeçar na calçada, ou não conseguir atravessar a rua a tempo. A bengala promove essa independência na medida que possibilita melhor equilíbrio durante a locomoção, diminuindo o risco de quedas. É muito importante lembrar que uma queda boba pode ter consequências devastadoras e acarretar em muito mais dependência”, reforça.

As quedas representam a terceira causa de mortalidade entre pessoas com mais de 65 anos, levando a óbito mais de 70 mil idosos entre 2013 e 2022, de acordo com o Ministério da Saúde.

Mas e se a pessoa idosa se sentir insegura?

Em muitos casos, a pessoa idosa consegue se locomover de forma segura dentro de casa, mas a situação muda ao ir para a rua.

A fisioterapeuta esclarece que isso pode acontecer porque, dentro de casa, a pessoa conhece todas as curvas, o chão, os objetos, não tem tanta informação, o que facilita a locomoção.

De acordo com Isadora, a bengala, nestes casos, pode proporcionar maior estabilidade e velocidade na locomoção. Isso é útil quando queremos atravessar a rua, ir no mercado, no banco, caminhar numa praça, passear, promovendo a convivência em sociedade.

“Não precisar de outras pessoas para ir onde queremos é fundamental para a independência e qualidade de vida” , conclui.

Como as pessoas cuidadores podem ajudar neste processo?

Uma das dicas trazidas pela fisioterapeuta é lembrar a pessoa idosa da existência da bengala a cada vez que ela se locomover. Por exemplo, quando a pessoa estiver levantando do sofá, alcançar a bengala já facilita o processo de adaptação.

“Algumas dicas são cuidar para que a bengala esteja sempre por perto, lembrar de pegar quando sair de casa, caminhar com a pessoa com calma até que ela se adapte ao uso. Um pouco de paciência e atenção com a pessoa que está se adaptando à bengala é sempre bem-vinda”, afirma Isadora Postiglioni.

Como escolher a bengala ideal para cada caso?

Para definir qual o tipo de bengala ideal para cada caso, a opinião de uma pessoa profissional em fisioterapia é essencial.

“Por exemplo,  pessoas com mais instabilidade postural precisam de uma bengala mais estável, como aquela de 3 pontas. Pessoas com menos instabilidade podem utilizar a bengala comum, de uma ponta só”, afirma a fisioterapeuta.

Ela esclarece que é importante ajustar a altura da bengala de acordo com a altura da pessoa, para que o ombro não fique lá em cima e para que isso não gere dores no pescoço. É imprescindível manter o melhor alinhamento postural possível.

“Também é importante levar em consideração a integridade da mão e punho para usar a bengala. Se a pessoa tem alguma lesão de mão, pode ser mais vantajoso uma muleta, em que o apoio fica na região axilar”, explica.

Existem outras opções para auxiliar na locomoção, como muletas e andador, para pessoas que não podem descarregar todo o peso na perna, ou que possuem menos coordenação devido a uma doença neurológica.

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