Como evitar dores ao usar muletas?

Neste texto, você vai ler sobre:

• Dados sobre quedas em pessoas idosas;
• Causas comuns para uso de muletas;
• Como realizar o ajuste correto da muleta para evitar dores;
• Benefícios do uso de muletas;
• Como a família pode ajudar pessoas idosas a se sentirem mais seguras no uso destes recursos.

O uso de muletas está bastante associado a pessoas idosas. Ao contrário do que muitos pensam, esses recursos servem para trazer mais segurança e autonomia, e não para identificar problemas de locomoção.

Um exemplo prático dos benefícios destes recursos é a segurança quando falamos em quedas de pessoas idosas. As quedas são a terceira causa de mortalidade entre as pessoas com mais de 65 anos.

Porém, o uso de muletas carrega certo estigma de falta de independência entre as pessoas idosas.

Outro problema é a falta de orientação correta na hora de usar esses recursos, o que pode agravar alguns quadros, causar acidentes e gerar dores, devido ao posicionamento errado.

Quais são as causas mais comuns para idosos usarem muletas?

De acordo com a fisioterapeuta Francine Picolli, o uso de muleta por pessoas idosas normalmente está associado à fraqueza muscular dos membros inferiores e a situações como pós-operatório cirúrgico, como em procedimentos de prótese de quadril, por exemplo.

Como ajustar a muleta da forma correta para evitar dores?

A principal recomendação para o ajuste das muletas é posicionar os braços de forma que permitam uma mobilidade adequada, alinhando o membro superior apoiado na muleta sem elevar o ombro, evitando dores e desconfortos.

“Como regra geral, o ombro que fica apoiado na muleta não fica elevado, mas sim em uma alinhamento harmonioso para que a pessoa idosa possa fazer o uso da muleta e ter o apoio necessário para realizar a caminhada”, afirma a fisioterapeuta.

Ela também comenta que é sempre importante buscar uma pessoa profissional de fisioterapia ou médica para fornecer o ajuste mais adequado para cada situação.

Quais os benefícios do uso das muletas?

O principal benefício é a segurança na hora de caminhar em ambientes mais difíceis, como a rua, por exemplo.

No uso de muletas, é como se a pessoa idosa caminhasse com três pontos, tendo uma base maior, ou seja, maior sustentação na caminhada.

De acordo com a fisioterapeuta, acompanhado ou desacompanhado, a muleta é um suporte, um auxílio para que a pessoa idosa caminhe com mais tranquilidade e de forma correta.

Como conscientizar pessoas idosas sobre o uso de muletas?

Segundo a fisioterapeuta, as pessoas idosas têm muita resistência ao uso destes recursos por associá-los a uma “ineficiência” em si mesmo, o que não é verdade.

“A muleta, bengala ou andador são auxiliares para o bem-estar e independência prolongada da pessoa”, explica a fisioterapeuta Francine Picolli.

Esses recursos ajudam na autoestima e autonomia dessas pessoas, possibilitando que possam realizar atividades do dia a dia, como ir ao mercado, por exemplo, de forma segura, sem riscos de queda.

“Precisamos associar as muletas e bengalas com a autonomia e a independência, deixando a pessoa idosa mais segura, e assim quebramos esse estigma”, conclui a fisioterapeuta.

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