Conheça as diferenças entre muleta e bengala
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Os dispositivos auxiliares de marcha são usados para fornecer maior liberdade de movimento e independência enquanto ajudam no equilíbrio. Mas você sabe qual é a diferença entre eles? Continue lendo o texto para descobrir.
Os dispositivos auxiliares de marcha, como bengala e muleta, contribuem para aumentar a confiança e o sentimento de segurança.
Eles também auxiliam a reduzir a carga nas articulações do membro inferior, aliviando a dor articular e compensando fraquezas ou lesões.
Alguns exemplos de situações que podem levar ao uso desses aparelhos são após cirurgias, fraturas ou torções. Mas você sabe qual a diferença entre eles? É isso que vamos ver a seguir.
Muleta
A muleta é mais indicada em casos onde o paciente precisa evitar colocar peso sobre uma das pernas ou pés. Essa situação é comum em casos de fraturas ou cirurgias.
Ela auxilia na locomoção, mas exige bastante esforço da parte superior do corpo. Por isso, é preciso ficar atento às condições físicas gerais e a idade de quem vai utilizá-lo.
As muletas estão disponíveis em vários materiais. As mais leves, no entanto, são as de alumínio, que contribuem para minimizar a força necessária para a movimentação.
Conforme a fisioterapeuta da Mercur, Caroline Wagner, há variados tipos de marcha com muletas.
“Por exemplo: sem apoiar o membro inferior acometido no chão, com o apoio parcial e com apoio total do peso do corpo sobre os membros inferiores, e ainda marcha com uma ou duas muletas. O tipo de marcha empregada de acordo com a indicação do uso do produto, as condições físicas e as necessidades do usuário podem auxiliar na hora da escolha do modelo ideal em cada caso.”
Além da diferença de materiais, existem dois modelos de muletas:
Axiliares: neste modelo, embora o dispositivo fique sob as axilas, o ponto de apoio deve ser o tronco
Antebraço ou canadense (que podem ser articuladas ou fixas): nestas, o ponto de apoio fica no antebraço.
Bengala
A bengala é recomendada para quem sofre com algum problema de instabilidade ou equilíbrio. Ela também é indicada em casos de fraqueza no tronco ou pernas, lesões leves nos membros inferiores, ou dores.
Esse auxiliar de caminhada é fácil de manusear. No entanto, é preciso ficar atento ao seu tamanho, para evitar dores nas costas resultantes de má postura durante a utilização.
As bengalas também estão disponíveis em diversos modelos. Alguns deles são:
Bengala Tradicional ou Standard: o apoio da mão, geralmente é em forma de “U” ou de gancho.
É o tipo de bengala mais popular, sua forma é o mais simples possível – um bastão simples, com uma ponta de borracha para maior tração no solo e uma curva em forma de guarda-chuva como alça.
Ela pode ser usada como um acessório para proporcionar conforto ao caminhar, ajudando caminhantes instáveis, mas independentes, a obter um melhor suporte de equilíbrio.
Bengala em T: com dobra ou “offset”: neste modelo o apoio da mão em um formato que se assemelha a um “T”.
As bengalas deslocadas são semelhantes às bengalas padrão, exceto a forma que posiciona o paciente peso sobre o eixo da bengala, permitindo que ela seja usada para suporte de peso ocasional.
Elas geralmente são recomendadas para pacientes que tem algum tipo de desgaste, artrites ou outras condições nos quadris e joelhos que necessitem diminuir o peso suportado pelos membros inferiores.
Bengala com base alargada com quatro apoios: ela possui três ou quatro apoios e a base aumentada permite um maior apoio.
Esse modelo também fica em pé sozinho, liberando as mãos para outras atividades.
Eles são mais adequados para idosos que acham que as bengalas com um único ponto de contato com o solo não oferecem o suficiente para eles.
Independente da necessidade, preste atenção nos ajustes
Qualquer um dos dispositivos, para cumprir sua função da melhor forma possível, deve ser ajustado à altura e condição do paciente.
“Bengalas e muletas devem estar ajustadas adequadamente ao usuário para para garantir uma postura correta e segurança durante o deslocamento. Contar com a orientação de um profissional de saúde é importante para que os ajustes sejam orientados corretamente, bem como orientações do uso e outros cuidados”, explica Caroline.
Os ajustes devem ser realizados a ponto do cotovelo permanecer levemente dobrado durante a marcha, pois essa é a posição de maior conforto e força do membro superior.
No caso dos idosos, é preciso prestar atenção nos calçados, optando por aqueles que fiquem firmes ao pé e tenham maior aderência. O ideal é evitar o uso dos dispositivos com chinelos de dedo e meias.
O importante é usá-los com atenção e assim, eles são capazes de promover qualidade de vida e independência do indivíduo que irá utilizá-lo, seja de maneira temporária ou definitiva.
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