Gestão responsável

Da seringueira até o elástico: Mercur reforça posicionamento sustentável

Publicado em: 28 de junho de 2023

Tempo estimado de leitura: 8 minutos

Por: Maré – Marca e Conteúdo

Para produzir elásticos, empresa participa da Semana do Extrativismo na Amazônia.

Cocriar um mundo bom para todo o mundo envolve diálogo entre empresas e comunidades. Por isso, a Mercur, indústria de borracha de Santa Cruz do Sul, esteve presente em todas as edições da Semana do Extrativismo (Semex). Em 2023, na nona edição, não foi diferente. A empresa sustentável, que tem como um dos seus produtos as borrachas naturais de apagar Mercur, viajou a Terra do Meio, em Altamira, no Pará, para dialogar sobre as condições das comunidades de povos da floresta e garantir compra de recursos naturais – que, no caso da Mercur, são usados na produção de elásticos. Dessa maneira, a Semex proporciona a troca de conhecimentos e a quebra de ciclos de exploração ao reunir pessoas locais e fabricantes com responsabilidade socioambiental.

 

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Empresas sustentáveis: acordo comercial é fruto do diálogo

 Muito além de um encontro para negociar preço e fornecimento entre aqueles que produzem (indígenas, ribeirinhos e agricultores familiares), governo e compradores como a Mercur, a Semex busca colocar todos os envolvidos no mesmo nível de negociação, por meio do diálogo frente a frente. Assim, os elásticos que chegam ao mercado agregam responsabilidade social empresarial: gera renda e garantia de compra da produção para os extrativistas, uma rede de proteção das florestas e a manutenção da cultura dos povos que nela vivem.

Neste ano, a Semana aconteceu no final de maio, na Reserva Extrativista Riozinho do Anfrísio, uma das áreas que compõem a Rede de Cantinas Terra do Meio. Articulada pelos povos locais de Altamira (PA), a Rede tem mini usinas de processamento multiprodutos instaladas dentro das comunidades, agregando valor à economia da floresta.

 

“Todos que estiveram no evento tem certeza do seu papel na preservação da floresta. As comunidades sabem o quê e o porquê estão fazendo, e vêm assumindo o protagonismo das relações na luta pelo ambiente que é a casa delas. Mesmo sendo uma pessoa estranha naquele espaço, todos me receberam com muito carinho”, conta Cibele Marisa Mees, analista de comunicação da Mercur que participou pela primeira vez ao lado de Jovani Machado, comprador da borracha para a Mercur, que já esteve no ano passado em outro encontro da rede.

“A negociação de preço é uma consequência de tudo que vivemos no encontro, na energia muito forte da floresta. Levamos em conta as necessidades das famílias e chegamos a um preço justo, em sinergia com o propósito da Mercur”, explica Jovani.

 

Leia mais: Dez anos de aprendizados e trocas com os povos da floresta

 

Como são feitos os elásticos da Mercur: dias de barco e a grandiosidade da natureza

A Mercur, em seu projeto Borracha Nativa, compra o material natural de árvores nativas da Amazônia de seringueiros que vivem nas áreas protegidas Reserva Extrativista Rio Xingu, Reserva Extrativista Rio Iriri, Reserva Extrativista Riozinho do Anfrísio e Terra Indígena Xipaya, todas na Terra do Meio, em Altamira (PA), onde ocorre todo ano a Semana do Extrativismo da Rede de Cantinas da Terra do Meio. De lá saem o Bloco de Borracha Prensado e a Manta de Borracha Seca (MBS), utilizados em alguns produtos da empresa. Como a demanda de látex da Mercur é maior que a capacidade de produção dos extrativistas, é feita também a aquisição de borracha natural de outras partes do país.

Aproximadamente ​​54 toneladas de borrachas nativas foram compradas pela Mercur do início do projeto até 2022, gerando R$31,5 mil de renda local para 933 produtores e 13 etnias indígenas.

 

Leia mais: Como a Mercur ressignificou o uso da borracha na indústria

 

Cibele, que teve oportunidade de comunicar o Projeto Borracha Nativa nas redes sociais e site da empresa ao longo de sua jornada como colaboradora, conta que para chegar na Reserva Extrativista Riozinho do Anfrísio, onde foi a 9ª Semex, viajaram de barco por dois dias.

“Andando em um barco no meio do Rio Xingu, me senti do mesmo tamanho de uma formiga. Somos uma pequena parte, que precisa da natureza viva para continuar vivendo”, reflete a analista de comunicação sobre o que a marcou durante a participação.

Para ela, fazer a viagem não mudou só a forma de ver o extrativismo, mas como enxerga o mundo e o Brasil.

“Vivendo na extremidade Sul do país, a gente esquece o quanto ele é grande: o quanto nossas gentes são diversas e o quanto a nossa cultura é rica”, sentencia.

Do outro lado do intercâmbio cultural proposto pela Semex, Kwazady Xypaya, conta a relação do seu povo com a natureza:

“Para nós indígenas ver uma árvore caída é como se fosse um ancestral, um ente querido caído”, explica.

A Mercur tem relações comerciais com as comunidades da Terra do Meio desde 2009, quando um Engenheiro Químico da empresa ficou 12 dias no meio da floresta ensinando os seringueiros a prepararem a borracha em manta que passaria a ser adquirida. Já os moradores contam com o apoio do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e do Instituto Socioambiental (Isa). Em 2016, para realizar esta venda direta às empresas, foi criada a Rede Origens Brasil, da qual a Mercur é integrante.

“É uma virada de página: notamos nas empresas que estão vindo pela primeira vez a diferença das conversas no barco, antes e depois de vivenciarem a origem do que produzem”, percebe Jovani, mostrando na prática a expressão “A cabeça pensa onde o pé pisa”.

 

Aprendizados: Mercur reforça compromisso com comunidades e propósito

A Mercur, que chega aos 99 anos em 2023, mantém o compromisso inabalável com a sustentabilidade, por isso participa todo ano da Semana do Extrativismo da Rede Terra do Meio (SEMEX), uma oportunidade única de aprendizado para a empresa. Um dos objetivos do negócio para os próximos anos é aumentar o uso de matérias primas de fontes renováveis ou de reuso. Para 2023, a intenção é que esse número seja superior a 50,77%.

Durante a 9ª edição foi possível reforçar a percepção de que, como empresa, manter a floresta viva é um dever. A conexão vivida com os povos da floresta, respeitando o tempo da natureza e tendo cuidado com cada ser que vive ali, demonstra o alinhamento com a Visão 2050 da Mercur: “A construção de relacionamentos que valorizam a vida e regeneram o planeta é o nosso caminho para viabilizar o futuro”. Aprendizados possíveis graças ao encontro com os reais atores da proteção deste Bioma.

 

Confira o Relatório de Impactos 2022 da Mercur

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