Quem inventou a borracha escolar?
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Usada diariamente em salas de aula e escritório, a borracha escolar já faz parte da rotina há gerações. Mas você conhece a origem dela?
- Neste texto, você vai ler sobre:
– O surgimento da borracha natural;
– O começo da comercialização e produção da borracha no Brasil;
– Importância da borracha na Amazônia;
– Impactos da borracha ao meio ambiente;
– Informações sobre o projeto Borracha Nativa da Mercur.
A borracha escolar tem história, viu? Ela foi inventada na Inglaterra quando Joseph Priestley percebeu que a borracha natural podia apagar o grafite do lápis.
No final do século XIX, empresas alemãs e estadunidenses iniciaram a produção em massa do material.
Como a borracha de apagar chegou ao Brasil?
Como quase tudo no fim do século XX, o que era comercializado no Brasil era importado. Assim, a borracha de apagar também era trazida de fora.
Foi assim que um dos fundadores da Mercur, Jorge Emílio, se interessou pela possibilidade de substituir a importação.
A partir de 1930, ele iniciou um estudo para produzir uma das principais matérias-primas para dar apagabilidade para a borracha, que é o factis, uma mistura de óleos vegetais com enxofre. Então, em 1938 o produto brasileiro foi lançado pela Mercur.
“No início da década de 1930 meu avô, Jorge Emilio, juntou algumas reservas e viajou para a Alemanha, onde a tecnologia da borracha era bastante desenvolvida. Lá ele encontrou parte de uma fábrica desativada de produtos de borracha, que ele comprou e trouxe para o Brasil. Eram basicamente equipamentos para fabricação de produtos prensados que foram muito importantes para o desenvolvimento da Mercur como uma fábrica que viria a substituir uma série de produtos importados para o mercado brasileiro”, conta Jorge Hoelzel Neto, facilitador de direção da Mercur.
Como a borracha era feita no passado?
A borracha de apagar era produzida apenas com borracha natural, feita através do látex extraído da seringueira e de alguns óleos naturais.
A borracha natural também faz parte da história do Brasil, já que no século XIX houve o Ciclo da Borracha na região da Amazônia, onde a extração do látex era lucrativa.
Com o avanço dos anos e o desenvolvimento da indústria petroquímica, a borracha natural foi sendo substituída pela borracha sintética, produzida a partir do petróleo.
“A borracha sintética foi, aos poucos, sendo substituída por outros materiais petroquímicos que, por um lado, facilitam os processos industriais e propiciam produtos esteticamente mais atraentes, porém muito mais danosos ao meio ambiente” , relata Jorge Hoelzel Neto.
Qual o impacto das borrachas ao meio ambiente?
Apesar do seu impacto no meio ambiente, é possível produzir borrachas que sejam pensadas para preservar o planeta.
As borrachas são o produto mais antigo da Mercur. Por exemplo, só a Borracha Prima, conhecida como borracha de apagar caneta, possui mais de 80 anos.
Porém, através de uma produção responsável, com matérias-primas naturais e renováveis, é possível minimizar os impactos ambientais.
“Na Mercur, produzimos tanto as borrachas de apagar naturais, a partir do látex natural, quanto as plásticas, a partir de petroquímicos. Porém, todos os modelos recebem um grande percentual de componentes naturais e renováveis, tanto para diminuir o tempo de degradação do produto, quanto para diminuir o uso de petroquímicos que podem danificar o meio ambiente e a saúde dos seres vivos”, afirma Jorge Hoelzel Neto, facilitador de direção da Mercur.
O que é o projeto Borracha Nativa?
O projeto Borracha Nativa é uma parceria entre a Mercur, comunidades extrativistas e ONGs que possibilita a exploração da borracha natural a partir de práticas que priorizam o comércio justo e a preservação da floresta amazônica.
Já são quase 14 anos de projeto. O facilitador de direção da Mercur ressalta os dois objetivos de usar a borracha natural nativa nos produtos da companhia.
“Utilizar uma matéria-prima natural e renovável, que além de não agredir o meio ambiente, é responsável por manter a floresta em pé e preservar a possibilidade de vida para as pessoas que vivem na floresta amazônica”, completa.
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