Gestão responsável

“As pessoas são o centro de todas as motivações da Mercur”

Publicado em: 20 de fevereiro de 2020

Tempo estimado de leitura: 8 minutos

Por: Engaje! Assessoria de Imprensa

Breno Strüssmann, facilitador da Mercur, ressalta que o Futuro do Trabalho é uma questão central na empresa e faz considerações sobre as estruturas organizacionais na nova economia digital.

Em 2019 o facilitador de processos e projetos da Mercur, Breno Strüsmann, participou de um painel realizado em Porto Alegre, que teve como propósito discutir as prováveis rupturas nas formas de trabalho que são influenciadas pela globalização, impulsionadas por tendências culturais e socioeconômicas e intensificadas pela tecnologia. Na ocasião ele contou sobre a primeira virada de chave da Mercur, movimento que reforçou a identidade da empresa, sobre a Visão 2050 e também como a organização atua para ser cada vez mais comprometida com a construção de relacionamentos que valorizam a vida.

 

Um homem está de pé falando ao microfone em frente a um grupo de pessoas, em uma ampla sala.

Breno contou sobre como a Mercur atua para ser cada vez mais comprometida com a construção de relacionamentos que valorizam a vida. #PraCegoVer Um homem está de pé falando ao microfone em frente a um grupo de pessoas, em uma ampla sala.

 

Como o tema é presente e relevante no dia a dia da empresa, resgatamos alguns pontos destacados na fala de Breno que contam como a Mercur busca fazer todas as suas mudanças e transições levando em conta as pessoas como o centro de todas as suas motivações. O facilitador conta que o tema “Futuro do Trabalho” é uma questão central na empresa e que a geração de ocupação e renda locais são muito importantes para a empresa. A Mercur também já passou por momentos delicados em que, ao invés de fazer rescisões, optou por convidar os colaboradores a um acordo de redução de carga horária. Por este motivo, há quase 4 anos, não opera na sexta-feira à tarde.

“A Mercur é o que é porque ela consegue manter a sua identidade. São muitas as tendências exponenciais, são muitas as tendências digitais, mas a gente sempre se pergunta: é nessa que vamos surfar? Essa é a nossa onda? Ela se relaciona com a nossa identidade? Então se precisamos mudar, temos o cuidado de manter a nossa identidade, nossos valores vitais e essenciais. Culturas a gente muda, valores a gente tem que se questionar muito antes de mexer”, ressalta.

Breno também explica que a empresa considera essencial pensar como faz o que faz e a serviço do que faz, pois a humanidade vivencia um crescimento de impactos que não condiz com uma possibilidade de sobrevivência saudável para as pessoas. Este foi o principal motivo para revisar a busca incessante pelo crescimento. Hoje os indicadores de sucesso da empresa são outros. 

“Estamos passando agora mesmo por um processo bastante estranho da economia. Mas uma consideração que sempre vem nas rodas de conversa é a valorização das pessoas. Se há alguma condição que será a última a tomarmos, é pensar em rescisões por questões econômicas. Há outras coisas que são importantes. Talvez mais do que a gente continuar nessa pauta de concentração de riqueza, de crescimento pela economia. Será que é a economia crescendo que vai mudar os problemas que temos ou nós é que temos que assumir um decrescimento? Será que esse decrescimento vai ter que ser forçado? Como que a gente qualifica mais, respeita mais o que e quem existe ao invés de ter essa questão tão louca de ter que estar crescendo?”, questionou.

 

Um homem está sentado em uma banqueta alta. Ele segura um microfone enquanto fala para o público. Ao fundo, uma tela mostra os Direcionamentos da Mercur.

Breno explicou que a empresa considera essencial pensar como faz o que faz e a serviço do que faz, pois a humanidade vivencia um crescimento de impactos que não condiz com uma a possibilidade de sobrevivência saudável para as pessoas. Por isso a revisão da busca incessante pelo crescimento. #PraCegoVer Um homem está sentado em uma banqueta alta. Ele segura um microfone enquanto fala para o público. 

 

“Como a gente ameniza a competitividade tão enraizada nos ambientes de trabalho?”

A reflexão se estende. Ainda naquela ocasião do evento, o facilitador de processos e projetos da Mercur iniciou uma conversa sobre ambientes opressores ou emancipadores e a colaboração entre as pessoas. “Em quantos ambientes hoje temos relações opressoras, em quantos há relações emancipadoras? Como amenizamos a competitividade tão enraizada nos ambientes de trabalho? Porque se partimos do princípio de que a união faz a força, é na colaboração que a gente vai encontrar alternativas e novas possibilidades e não na questão da competição”, disse.

Segundo ele, há atualmente uma carência de confiança nos ambientes de trabalho que surge pela falta de relacionamento e amorosidade entre as pessoas:

“As pessoas precisam conversar mais sobre suas relações dentro e fora do trabalho, demonstrar mais amorosidade e dar espaço para que o outro possa ser. As questões sociais e ambientais são graves, estão expressas e nós, como empresas, temos um papel social e ambiental muito importante para cumprir. Se não refletirmos nós vamos caminhar para danos ainda maiores.”

Quando o assunto foi Tecnologia, lembra que a presença da Mercur no ambiente digital é recente e emergiu das relações que construiu no universo offline, no Laboratório de Inovação Social da empresa, em oficinas de cocriação com as pessoas. “Com os aprendizados que tivemos, montamos um laboratório e viemos trabalhando oficinas de aprendizagem em torno dessa nova cultura e posicionamento. Nossa presença no universo digital é para abrir mais diálogos e espaços de troca”, conta.

Ele comentou ainda que acredita que o movimento que substitui pessoas por tecnologia pode gerar uma seara de grande desemprego. “Não é a questão de que não vamos ter mais empregos. Nós vamos ter pessoas que não vão conseguir remar essa onda e elas vão se afogar. Nós temos muita tecnologia, mas temos uma carência de significado. Nós estamos presenciando o crescimento da depressão a nível global e a tecnologia tem culpa nisso. Então, como podemos melhorar? O ser humano é muito complexo para ser inserido com tanta pressa no universo digital. As evoluções não acontecem ao mesmo tempo para todos. Cada pessoa tem o seu tempo e momento. Talvez o melhor indicador para empresas deveria ser verificar como está a saúde integral dos seus colaboradores. Como que a gente resgata a nossa natureza para ter um equilíbrio emocional mais condizente? Como aproximamos isso da tecnologia?”, questionou.

 

A conversa da qual Breno participou está disponível na íntegra no canal do YouTube da uMove.me.

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