Saúde

Como o uso correto da bengala pode evitar quedas em idosos?

Publicado em: 24 de junho de 2024

Tempo estimado de leitura: 5 minutos

Por: Arquipélago

Quedas correspondem à terceira causa de óbitos de pessoas idosas no Brasil

  • Neste texto, você vai ler sobre:
    – Como bengalas podem evitar quedas de pessoas idosas;
    – As principais consequências da queda;
    – Diferenças em bengalas tipo T;
    – Dicas para escolher a bengala correta.

A população idosa no Brasil está crescendo. Nos últimos 12 anos, houve um aumento de 57,4% em comparação com os números apontados pelo Censo 2010. Em 2022, o número de pessoas acima dos 65 anos no país chegou a mais de 22 milhões, cerca de 10,9% da população brasileira.

Chegar à terceira idade tem se tornado cada vez mais comum, mas também exige cuidados especiais e redobrar a atenção com lesões e quedas.

De acordo com o Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros, financiado pelo Ministério da Saúde, a prevalência de quedas de pessoas idosas que moram em áreas urbanas chegou a 25%.

Qual o papel das bengalas para evitar quedas?

De acordo com o fisioterapeuta Dhiego Cassimiro, o processo de envelhecimento é acompanhado de várias alterações no corpo, que afetam a postura, a massa esquelética, além de mudanças neurológicas. Tudo isso pode afetar o processo motor do paciente.

“A bengala auxilia no processo motor, sendo um apoio a mais durante a marcha. Para que a caminhada aconteça da melhor forma, é necessário que o tronco esteja mais firme. Como isso não acontece, a bengala auxilia nessa questão, além de distribuir a carga corporal durante a marcha”, afirma Cassimiro.

Como a queda afeta o paciente?

Segundo o profissional, a queda pode desencadear outros problemas motores. Em casos em que o paciente precisa passar por cirurgia, por exemplo, o período de recuperação pode afetar alguns membros pela falta de movimento.

“Outro fator importante é o psicológico. Muitos pacientes ficam com medo de andar ou ficar de pé, e isso prejudica a produtividade e vida do paciente”, comenta.

As quedas representam a terceira causa de mortalidade entre pessoas com mais de 65 anos, levando a óbito mais de 70 mil idosos entre 2013 e 2022, de acordo com o Ministério da Saúde.

Quais são as principais consequências da queda?

A consequência mais comum na queda de idosos são as fraturas de fêmur e bacia e trincar a vértebra. De acordo com o profissional, há muitos casos onde é a fratura que ocasiona a queda, e não o contrário.

“A queda pode acontecer porque, andando, o paciente pode quebrar o fêmur, por exemplo, e depois ele cai. Temos que lembrar que, nessa idade, os ossos estão mais esponjosos, então é natural que fiquem mais frágeis”, afirma Dhiego.

A bengala é uma aliada, pois previne a descarga do peso corporal, distribuindo e promovendo um caminhar mais seguro.

Qual a diferença entre as bengalas tipo T?

A Bengala Tipo T é a mais tradicional e possui maior área de pega, proporcionando melhor distribuição da pressão palmar na estrutura do acessório e redução da área que separa os dedos, melhorando o conforto e evitando as chances de dores na mão.

Já a Bengala Tipo T Dobrável, além das características citadas no modelo tradicional, possui uma face plana, podendo ser apoiada em superfícies; além de alça de punho, possibilitando que a pessoa possa manter a bengala próxima ao corpo; um gancho para pendurar o produto e um suporte que auxilia no apoio de pequenos objetos.

Possui anéis ajustáveis entre os tubos e ponteira articulada, contribuindo para uma passada mais natural, com ranhuras que reduzem o risco de deslize em pisos com acúmulo de líquido.

A Bengala tipo T 4 pontas com apoio tem uma melhor aderência ao solo devido a sua base de apoio ampliada, com 4 ponteiras articuladas para deslocamento estável e seguro. O modelo produzido pela Mercur possui ponteiras com ranhuras que reduzem o risco de deslize em pisos com acúmulo de líquido e sinalizador de desgaste, que orienta o momento de substituição.

O que é importante na hora de escolher a bengala?

O fisioterapeuta Dhiego Cassimiro afirma que mais importante do que saber qual bengala usar, é consultar um fisioterapeuta que irá realizar as medidas necessárias.

“Usar uma bengala na medida errada pode, por exemplo, gerar dores em outros locais do corpo”, relata.

Outro aspecto importante trazido pelo profissional é que o paciente precisa ser treinado para o uso da bengala.

“Não é simplesmente pegar uma bengala e começar a usar, pois o uso pode variar em cada patologia. O jeito que usa a bengala, ou o lado que será usado, tudo isso deve ser avaliado por um profissional”, conclui.

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