Gestão responsável e Educação

Dê corda no consumo responsável: reutilize o material escolar

Publicado em: 26 de junho de 2019

Tempo estimado de leitura: 7 minutos

Por: Engaje! Assessoria de Imprensa

Ressignificar o que já têm, personalizar do seu jeito, dar novos usos ao invés de descartar e ainda colaborar com a vida do planeta. Confira dicas para incentivar a reutilização de materiais escolares na volta às aulas.

Pedaços de giz, tubos vazios, lápis curtinho, borracha pela metade. A cada final do período coletivo, chega o momento de conferir o material escolar que vai na mochila. O que dá para fazer com o que não está mais em boas condições de uso? Como esse momento pode ser uma oportunidade de diálogo entre pais, professores e estudantes?

A pedagoga Márcia Murillo, que atua na Mercur, conta um pouco sobre experiências e práticas para incentivar o convite à criatividade e reflexão ao reutilizar os materiais.

 

Além da economia, o convite a reaproveitar o material escolar incentiva o que?

A compreender sobre os recursos naturais. A reduzir o consumo, logo a compra de produtos desnecessários. É um convite que incentiva a olhar para o que sobrou e não desprezar esse material que muitas vezes se torna “velho”, a cuidar mais do que tem hoje, pensando que pode durar muito mais tempo. É também uma abertura para dialogar com os filhos sobre estas questões, para mostrar que tudo tem um ciclo de vida e isso também acontece com os produtos. Reaproveitar materiais também permite destacar assuntos relacionados a educação financeira, a entender o custo que temos ao comprar coisas que na verdade poderiam ser ressignificadas ou reutilizadas.

 

Como professores podem também dar esse incentivo?

No dia a dia da escola, a partir de projetos que mostrem e evidenciem essas “boas práticas”, a partir de rodas de conversa sobre o tema e a partir de pitadas diárias de reflexão/diálogo, oportunizando aos estudantes que percebam o impacto de sua ação no mundo todos os dias. Rodas de conversas entre professores, rodas de conversa com famílias e comunidade em geral, atividades que permitam a reflexão nas turmas. As rotinas dos próprios professores, também podem ser ótimas ferramentas para reflexão: utilização de potes descartados para organizar os materiais na sala, reaproveitamento de folhas na sala, o uso equilibrado de materiais escolares em geral, abastecimento de tubos de colas pequenos a partir de um frasco maior, construção da lógica da compra do material compartilhado, seja pela na escola, seja na turma, evitando assim, a compra individual de muitos produtos o incentivo à separação de lixo na sala e na escola, entre outras pequenas práticas que podem inspirar crianças e demais atores deste contexto escolar.

 

Customizar pode ser um incentivo à criatividade? A cuidar das coisas?

Customizar pode ser uma maneira de reaproveitar materiais que seriam descartados. Personalizar é outra maneira de imprimir a minha cara, meu jeito, meus gostos a materiais diversos. Materiais personalizados que falam sobre quem sou. . Pode ser espaço de expressar quem de fato somos. Muitas experiências desse tipo já nos mostraram que para as crianças, o que é feito por elas passa a ter outro valor, logo, sim, podem cuidar mais por esse motivo.

Na prática

Em parceria com a Mercur, o Portal Lunetas convidou a designer e crafteira Estéfi Machado para ajudar na missão de ressignificar alguns materiais. A proposta foi usar itens básicos da rotina na escola que já não estão mais em boas condições de uso, incentivar o consumo consciente com as crianças e, principalmente, dar corda na criatividade e no senso de reutilização.

Outro conteúdo da série Educação para a vida: aprender é um caminho de descobertas, uma parceria da Mercur com o Portal Lunetas, promove uma reflexão sobre a questão do consumismo atrelado à educação e como ele pode ser nocivo para a criança. Além de conversas com o programa Criança e Consumo e o Movimento Infância Livre de Consumismo, o texto conta a história de Giovana Antonella e Luiza, de sete anos, que estão no primeiro ano do ensino fundamental e iniciaram uma pequena revolução em sua sala de aula.

Tudo começou quando Giovana trouxe de casa um caderno reaproveitado, com uma capa customizada que ela mesma fez, com adesivos e recortes.

“Eu gosto de desenhar, mais do que comprar uma coisa pronta. Eu acho isso um pouco mais divertido do que comprar um caderno que já vem cheio de desenhos”, diz a pequena. “Quanto eu tô de férias, a gente sempre faz uma lista daquilo que eu já tenho em casa. Aí, eu marco com umas bolinhas, tipo um ‘certinho’, aquilo que eu tenho. O que eu não tenho, eu não marco, pra saber o que precisa comprar. Mas esse ano foram só umas cinco coisas”, garante a pequena, resumindo de um jeito fácil e didático o que é o tal do consumo consciente.

Cristal Muniz, autora do projeto Uma Vida Sem Lixo, também já criou, a convite da Mercur, um post sobre como fazer uma volta às aulas lixo zero, sem desperdício de dinheiro e de recursos. Ela ressalta no texto que o produto mais sustentável é sempre aquele que já temos, mas que quando for necessário comprar, há opções que causam menos impacto. E quando realmente não há alternativa e precisa ser descartado, traz dicas sobre o descarte correto de alguns produtos.

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