Gestão sustentável: como evitar desperdício de água
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Qual o papel das empresas na preservação da água, recurso finito que é fundamental à vida?
Neste texto, você vai ler sobre:
- Dados sobre o uso de água no Brasil e mundo;
- Como empresas podem colaborar na preservação da água;
- Exemplos da Mercur em boas práticas relacionadas à gestão sustentável da água.
A água é um recurso natural de extrema importância para a sobrevivência humana, o que não é novidade. Apesar disso, dados do Relatório de Desenvolvimento Mundial da Água, divulgado este ano pela Unesco, apontam que 2,2 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso à água potável.
No Brasil, 33 milhões de pessoas, ou seja, 15% da população não tem acesso à água potável, segundo dados do Instituto Trata Brasil, divulgados pela Agência Brasil.
Qual o papel das empresas na gestão sustentável de água?
O uso adequado da água não deve ser uma responsabilidade apenas da sociedade civil. Banhos conscientes, consumo adequado de água e formas de economizar são sempre bem-vindas, e as empresas possuem um papel fundamental nesse cenário.
Setores como indústrias, mineradoras, termelétricas e a agricultura são as maiores consumidoras de água no planeta. Só no Brasil, esses setores consomem cerca de 66% da água do país, de acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos (SNIRH), da Agência Nacional de Água (ANA) , em pesquisa realizada em 2022.
Em sua Virada de Chave, em 2009, a Mercur passou a pensar de forma sustentável quais os impactos que seus produtos e serviços oferecem à sociedade. Desde então, linhas de produtos foram descontinuadas e novos processos foram implementados, como, por exemplo, o reuso de água, que era um tópico até então não abordado.
“Em nossa Virada de Chave, em 2009, fizemos um indicador para acompanhar o uso de água, que é um recurso finito na natureza – e, assim como o CO2, passamos a medir o consumo”, afirma Paulo Boufleur, engenheiro e gestor de plantas na Mercur.
O que as empresas podem fazer para economizar água?
Com o objetivo de tornar a produção sustentável e olhar para os indicadores de uso de água e emissão de gases de efeito estufa, a Mercur passou a desenvolver projetos e processos para esse cenário.
A estrutura interna da indústria foi reprojetada e passou por mudanças que possibilitaram o uso de água da chuva ou vinda de reuso dos processos industriais, justamente para que não fosse preciso usar água potável em todas as operações.
“De 2009 para cá, conseguimos reduzir muito o consumo de água. Naquela época, usávamos cerca de 25 a 30 mil metros cúbicos de água por ano. Hoje, estamos na faixa de 8 a 9 metros cúbicos por ano, e isso se deve a práticas de reuso”, explica Boufleur.
Projetos pensados para a realidade das empresas podem ser desenvolvidos, otimizando a produção e o uso de recursos naturais. Além da produção, ações com os colaboradores e parceiros podem ser realizadas para conscientização.
Por que indicadores são importantes?
A partir de indicadores, é possível ver o quanto se gasta e o que pode ser reduzido no consumo interno de água. Esses indicadores podem ser adaptados para preservar outros recursos naturais e energéticos usados na produção.
Por exemplo, de acordo com o Relatório de Impactos 2023 da Mercur, a redução foi de 65% no uso de água em relação ao ano de 2009. Só foi possível chegar nessa queda devido ao mapeamento do uso no período de Virada de Chave da empresa.
Outra notícia positiva é que a meta de uso estabelecida pela Mercur para o ano de 2023 foi maior que o uso em si. Houve uma redução de 7% em relação à meta de consumo, que era 9.600 m³, e, ao final do ano, o consumo foi de 8.929 m³.
Veja outros resultados em nosso Relatório de Impactos 2023.
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