Inclusão escolar: desafios e paradigmas
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Se o desafio de professores da rede pública e privada tivesse um nome, seria: inclusão escolar. Como potencializar o aprendizado e permitir uma educação igualitária de qualidade? A resposta pode estar na cocriação...
A inclusão escolar pressupõe a igualdade de oportunidades. Bem como a valorização das diferenças humanas. Segurar pincéis, canetas e lápis, pode ser um gesto corriqueiro para a maioria das pessoas. Mas para as que têm deficiência, estas atividades simples podem ser dificultosas. Inclusive, durante a sua inclusão escolar.
A educação é direito de todos. Por certo tempo difundiu-se a ideia de uma escola separada para pessoas com deficiência. Era bem comum, há 30 anos, escolas com essa separação. Mas houve um consentimento de que a inclusão proporcionaria a tão buscada igualdade.
Atualmente as escolas buscam oferecer o melhor desenvolvimento possível. E assim, entregar oportunidades de potencializar as habilidades de alunos. Sendo eles com deficiência e/ou alguma limitação em suas atividades cotidianas.
A atitude da Mercur para caminhar lado a lado com a inclusão
Pensando nisso, desde 2011 a Mercur começou a interagir mais com o ambiente educacional. Passou a se relacionar mais com esse universo das escolas e educadores, buscando compreender suas necessidades e desafios.
Dessa interação, surgiu uma grande ideia. A possibilidade de contribuir com soluções no campo da acessibilidade e da inclusão. Por meio dessas relações com os pilares da educação (professores, famílias e profissionais da saúde) soluções foram pensadas. Com intuito de tornar os materiais escolares que já eram produzidos mais próximos a esses alunos.
Assim, esses recursos passaram a ter características antes não consideradas por uma indústria. Como: tamanho, maciez, estrutura que possibilitasse segurá-los e utilizá-los. Tendo como base uma experiência de fato, conduzida pelos alunos. O objetivo é promover ações autônomas e que tornem os usuários protagonistas de suas próprias atividades.
É aí que entra a cocriação. Essa metodologia permite que resultados como igualdade e oportunidade sejam alcançados. Além de garantir a participação ativa dos usuários da inclusão escolar e de todos que fazem parte da sua rede de cuidado e tratamento. Dessa forma, todos conseguem estar conectados com as reais necessidades das pessoas. Seja uma criança pequena, um jovem, um adulto ou um idoso.
O que a cocriação nos ensina
A produção do Engrossador Grip que tinha sido descontinuada pela Mercur, retornou ao catálogo. Foi percebido o valor que ele tinha para as pessoas com dificuldade de preensão.
Segundo Marcia Murillo, Pedagoga: “muitas professoras engrossavam os lápis para os seus alunos com dificuldades de preensão”. E segue: “Foi uma surpresa descobrirmos que o Grip poderia não só gerar demandas e atender necessidades reais”.
A escuta é fundamental para a inclusão. Marcia atua na empresa desde 2011, participando de projetos e ações que estão conectados às necessidades da educação em seus mais diversos contextos, assim como com os atores diretamente envolvidos nos processos de ensinar e aprender.
Para ela, a busca por um design universal, também é um aliado na acessibilidade. Assim, se pensa cada vez mais em alcançar produtos que possam ser usados pelo maior número de pessoas possível. Mesmo com as suas capacidades físico-motoras, idade ou dificuldades. Evitando assim, a necessidade de adaptações e criando um ambiente mais inclusivo.
Possíveis usuários:
- Pessoas com deficiência;
- Com alguma limitação temporária;
- Idosos;
- Crianças pequenas;
- Pessoas que se sintam confortáveis utilizando os produtos.
Márcia ressalta que “é indescritível acompanhar a autonomia da turma” com o uso dos produtos. Uma vez que foram projetados exatamente para isso. Como ela diz: “oferecer às pessoas a possibilidade de se sentirem parte do lugar”. Ela ainda comenta “não é uma entrega de objetos. E sim, encontro que possibilitará gestos talvez ainda não realizados”.
No cenário escolar, tal característica ganha ainda mais relevância. Márcia relata:
“Esse olhar traz grandes benefícios, pois prepara o ambiente educativo para receber todas as pessoas”. E segue: “Independentemente das suas condições, favorecendo a inclusão e possibilitando o convívio de todos”.
As escolas deveriam fazer jus ao “coletivo” desde os primórdios da organização social. Lamentavelmente, por muitas vezes, esse lugar foi palco de aulas nada inclusivas. Talvez por desconhecimento, por achar que a maneira de separação antiga fosse a melhor. Houve uma ampliação do olhar para a inclusão e acolhida para os alunos com deficiência e a escola regular se viu diante de diversos questionamentos para a adaptação desses alunos.
O desafio atual da Mercur é fazer com que essas pessoas se sintam parte do ambiente. E encontrar recursos pensados para todos é o caminho. Esses que devem possibilitar experiências ainda não vivenciadas a essas pessoas. Bem como fazer com que os alunos se sintam respeitados. E assim haja igualdade e oportunidade para cada um, de acordo com as próprias necessidades.
A Mercur tem se permitido pensar cada vez mais universalmente. Assim, busca contribuir com o respeito e atenção a todos que possuam alguma deficiência, seja permanente, ou temporária. Isso é promover a inclusão.
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