Acessibilidade atitudinal: como promover a inclusão no esporte
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A acessibilidade atitudinal é importante para que o atleta que vive com deficiência explore suas capacidades e se supere nas práticas esportivas
Neste texto você vai encontrar:
- O que é acessibilidade atitudinal
- Como realizar treinos de performance para pessoas com deficiência
- Como profissionais de educação física podem promover a inclusão
- Importância da prática esportiva para pessoas com deficiência
Tornar a prática esportiva acessível para pessoas que vivem com alguma deficiência é importante para o processo de inclusão no esporte.
Se levarmos em consideração os últimos Jogos Paralímpicos, que foram realizados em Paris, em 2024, o Brasil foi representado por 279 atletas que vivem com algum tipo de deficiência .
Fora o circuito olímpico, existe uma série de outros atletas que vivem com deficiência e que se superam a cada dia. Mas, para que essas pessoas se desenvolvam e possam buscar novos objetivos no esporte é preciso que profissionais no treinamento físico pratiquem a acessibilidade atitudinal.
O que é acessibilidade atitudinal?
A acessibilidade atitudinal é composta por um conjunto de atitudes que promovem a inclusão e igualdade de oportunidades para todas as pessoas, independentemente das características ou deficiências com que vivem.
A atleta e embaixadora da Mercur, Jéssica Paula, relata que muitos treinadores não exigem o potencial dos seus atletas, e não exploram novos métodos de treinamento que desenvolvam o atleta e tenham um olhar inclusivo.
“Ainda é muito difícil encontrar profissionais preparados para lidar com pessoas com deficiência. Por vezes, são cautelosos em excesso, impedindo que a gente se desenvolva verdadeiramente em algum esporte. E há, ainda, aqueles profissionais que insistem em trabalhar apenas com o método que já conhecem, dificultando o olhar adaptativo e impedindo que a gente descubra o que funciona melhor para cada pessoa”, afirma.
Jéssica, que foi a primeira pessoa com paraplegia a escalar o Pão de Açúcar e já viajou para 37 países acompanhada, apenas, das suas muletas, mantém o site Passaporte Acessível.
No portal ela fala sobre turismo e acessibilidade, no qual é possível encontrar informações, depoimentos, ideias, inspirações de viagens e locais para pessoas com deficiência se aventurarem e terem a possibilidade de conhecer, sentir e explorar o mundo.
Como adaptar treinos mais exigentes com as necessidades do atleta?
O profissional de educação física Adauto Santana Ferreira, que treina Jéssica Paula, afirma que a intensidade é fundamental para obter bons resultados na prática esportiva. E é através do diálogo aberto entre os dois lados que se encontra o equilíbrio entre um treino de alto rendimento e as necessidades da pessoa atleta.
“O equilíbrio acontece principalmente na troca de informações entre o profissional e o atleta, a fim de adaptar somente o que for necessário para a evolução no esporte escolhido”, explica.
Um desafio neste processo de acessibilidade atitudinal apontado pelo profissional é conscientizar o atleta que ele consegue se superar dentro de uma prática esportiva.
“Superamos juntos a cada treino, avaliando os resultados e mostrando toda a evolução. A periodização é feita através de uma anamnese para conhecer o atleta e o que vai ser explorado e aplicado nos treinamentos”, relata.
Como profissionais de educação física podem promover a inclusão?
Adauto Santana Ferreira explica que pessoas profissionais em treinamento físico podem motivar seus atletas, principalmente, comemorando conquistas e a evolução constante.
Seja através de treinamentos ou competições, valorizar o desempenho e mostrar que o atleta tem potencial para ir além e ser melhor, são formas de manter a pessoa motivada.
Segundo Adauto, a prática de esportes e atividade física é essencial para a vida de qualquer pessoa, vivendo com uma deficiência ou não.
“Nós, profissionais de Educação Física, temos um papel de extrema importância na conscientização e também ao mostrar na prática, através do esporte, que pessoas com deficiência podem ter uma vida normal e têm muito a contribuir para o esporte e para a sociedade, pelos exemplos de superação”, relata.
Qual a importância da prática esportiva para pessoas com deficiência?
O esporte tem um papel fundamental no desenvolvimento da saúde física e mental, ainda mais quando falamos de pessoas que vivem com alguma deficiência.
Um estudo publicado no British Journal of Sports Medicine, fruto de pesquisa realizada pela University of South Australia (UniSA), aponta que quem se exercita regularmente apresenta uma redução dos sintomas de depressão e ansiedade.
De acordo com o profissional de Educação Física, a prática de esportes por pessoas que vivem com deficiência além de melhorar os resultados físicos, ajuda nas tarefas do dia a dia, garantindo mais qualidade de vida.
Para todas as pessoas que praticam alguma modalidade esportiva, profissional ou de forma amadora, vivendo ou não com deficiência, o uso de equipamentos e recursos que garantem um treino de alto rendimento com segurança é fundamental.
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