Saúde

Como aprender a amamentar: dicas para o Dia das Mães

Publicado em: 12 de maio de 2023

Tempo estimado de leitura: 13 minutos

Por: Maré – Marca e Conteúdo

Amamentação deve ser a única fonte de alimentação até os seis meses de vida.

Primeira alimentação humana e fonte de nutrientes para funções biológicas iniciais, o leite materno é considerado o melhor alimento para os bebês. Os benefícios da amamentação incluem desde o reforço da imunidade frente a infecções,  desenvolvimento psicológico e criação de vínculo entre mãe e criança. Dados do Ministério da Saúde, estimam que o aleitamento materno consiga diminuir em até 13% a morte de crianças menores de cinco anos por causas preveníveis, como diarreia, infecções respiratórias e alergias, além de reduzir o risco de asma na fase adulta, desenvolver diabetes tipo 2 e obesidade.

“Nos países em desenvolvimento a amamentação é assunto prioritário e significa a diferença entre sobreviver e morrer para milhares de crianças”, destaca a enfermeira obstétrica Soninha Silva (Coren 383.225), representante da Associação Brasileira de Aleitamento Materno.

Líquido complexo, o leite materno tem carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas, minerais, substâncias imunocompetentes (imunoglobulina A, enzimas, interferon), além de fatores moduladores de crescimento. É considerado um alimento completo e suficiente, inclusive em relação à ingestão de água, por atender todas as necessidades do bebê nos seis primeiros meses de vida. Depois, complementado por alimentos saudáveis até os dois anos de idade da criança. A enfermeira Soninha destaca também que a produção de leite pela mãe contribui para a saúde da mulher, pois amamentar reduz os riscos de câncer de mamas e de ovários, hipertensão, diabetes, depressão pós-parto, hemorragias uterinas e obesidade (a cada litro de leite materno produzido a mãe pode perder 800 calorias).

Conforme a enfermeira, o último estudo nacional sobre amamentação, promovido pelo governo em 2008, estimou uma duração média  do aleitamento exclusivo de apenas 54,11 dias, além da prevalência de 23,3% e 9,3% aos 4 e 6 meses, respectivamente.

“As pesquisas também detectam que 49% das mães oferecem um ou mais alimentos supérfluos diariamente para as crianças abaixo de um ano de idade, sendo que em menores de seis meses, 14,5% já faziam uso de refrigerantes; 29,1% de iogurtes; 43,6% de queijo e 19,7% de leite fermentado”, lista Soninha.

Porém, diferente do que ocorre com os demais mamíferos, Soninha destaca que a amamentação da espécie humana não é um ato puramente instintivo: mães e bebês precisam aprender a amamentar e ser amamentados, a fim de serem ajudados a prevenir e superar dificuldades encontradas no processo.

“A confiança materna na amamentação deve ser estimulada, pois é sabido que muitas mães deixam de amamentar mais pelas dificuldades encontradas e pela falta de apoio do que por escolha própria”, avalia a enfermeira. Em 2009, a Organização Mundial da Saúde (OMS) citou que “ensinar as mães a amamentar poderia salvar 1,3 milhão de crianças por ano”.

Uma amamentação de sucesso, apresenta Soninha,  depende de inúmeros fatores, entre eles, a decisão da mãe de amamentar (desejar, querer e poder), um peito que produza e libere leite e um bebê capaz de sugar o seio materno de maneira correta.

 

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Quais são as principais dificuldades da amamentação?

A tarefa materna de amamentar, apesar de muito importante e trazer uma série de benefícios, pode envolver desafios. Para isso, é fundamental que a mulher tenha uma rede de apoio com políticas públicas, profissionais de saúde, familiares, empregadores, colegas de trabalho para dar suporte e favorecer o processo de amamentação.

Neste Dia das Mães, veja quais os principais desafios da amamentação e como enfrentá-los:

  1. Demora na descida do leite: o leite demora, em média, de três a quatro dias para “descer” após o parto, mas esse tempo pode ser maior em algumas mulheres. Cesarianas programadas, quando a mulher não entra em trabalho de parto (por fatores hormonais e por dificultar a amamentação na primeira hora de vida do bebê), partos prematuros e obesidade materna são algumas das causas.Quando o leite demorar para descer, a estimulação da mama com sucção frequente do bebê, com a extração manual ou por bomba de leite materno pode ajudar. A Mercur desenvolveu uma bomba de tirar leite, produzida com borracha natural e sem substâncias químicas, como bisfenol A e ftalato. O produto contém bulbo com formato anatômico para melhor encaixe na mão.
  2. Recém-nascido com dificuldade para sugar: alguns bebês não conseguem sugar o leite materno; outros tentam mas não conseguem; há os que não conseguem abocanhar o mamilo e a aréola; podem possuir a chamada “língua presa”; e as condições da mama podem dificultar o processo. O uso de bicos de silicone e chupetas podem ser uma das causas também. Para ajudar na amamentação, recomenda-se a suspensão do uso de bicos de mamadeiras e chupetas, utilização de apoio para mamas grandes, como almofadas para amamentação, e variar a posição do bebê ao amamentar.O uso da bomba de Tira-Leite enquanto o bebê não consegue sugar, pode ajudar a estimular a mama a produzir leite materno, com posterior oferta desse leite no copo ou colher. Consultar profissionais de saúde é recomendado para identificar as dificuldades e orientar a conduta mais adequada.
  3. Mamilo plano ou invertido: essa situação pode dificultar a amamentação, mas não impedir porque o bebê abocanha também a aréola, e não apenas o mamilo. Ajude o bebê a abocanhar mamilo e aréola juntos durante a amamentação, e teste diferentes posições para a pega.
  4. Mamilos doloridos e machucados: a sensibilidade nos seios após o parto é normal. Porém, sentir dor para amamentar por mais tempo é sinal de que algo precisa ser alterado. A causa mais comum de dor na amamentação é a pega e/ou posicionamento inadequado do bebê para mamar. Enquanto os mamilos estiverem doloridos, varie a posição da mamada, comece pela mama não machucada e procure enxaguar os mamilos com água limpa ao menos uma vez ao dia.A Bolsa Térmica Gel para Seios da Mercur pode auxiliar. Ela cobre totalmente o seio,  pode ser usada tanto fria quanto quente e é reutilizável. No caso frio, seu uso auxilia na flacidez, ajuda a enrijecer e tonificar os seios, ativa a circulação do sangue. O uso quente ajuda a dissolver caroços que podem se formar durante a amamentação e proporciona sensação de conforto e alívio quando o seio está dolorido.Não há comprovação de que pomadas para amamentação podem ajudar a cicatrizar mamilos machucados.
  5. “Leite empedrado”: acontece quando a mama produz leite além da quantidade esperada, enchendo a ponto de esticar a pele. Fica endurecida ou com a presença de caroços. Popularmente é conhecido como “leite empedrado”.Para evitar que isso aconteça, deixe o bebê mamar sempre que quiser. Massagens ou movimentos circulares nas mamas, nos pontos “empedrados” e a retirada de leite, com uma bombinha de tirar leite, antes de colocar o bebê para mamar, amaciando a aréola, podem ajudar também.
  6. Mastite (inflamação das mamas): este problema causa inchaço em uma parte da mama e vermelhidão podendo causar dores no corpo, febre e mal-estar. A causa da mastite pode ser excesso de tempo do leite no peito e/ou rachadura no mamilo, que age como porta de entrada para bactérias. Nesse caso, recomenda-se procurar o serviço de saúde e um médico, mas a amamentação não precisa ser interrompida durante o tratamento da mastite.
  7. Hiperlactação (excesso de leite): é quando a mulher produz leite além do que o bebê consome e pode provocar algumas dificuldades na amamentação. Para evitar a situação, evite tirar leite das mamas antes das mamadas. A indicação é só fazer isso quando elas estiverem muito cheias.Outra dica é amamentar em apenas uma mama em cada mamada, tirando leite da que não foi usada. E também amamentar de maneira mais deitada ou de lado – já que nessas posições o fluxo de leite diminui. É possível, ainda, doar o leite excedente para o Banco de Leite Humano ou Posto de Coleta de Leite Humano, quando houver em sua cidade.

 

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Como saber se meu leite é suficiente para o bebê?

É importante destacar que grande parte das mulheres produz quantidade suficiente de leite, no caso da criança mamar com frequência, com tempo e pega adequados. Essas situações estimulam a produção do leite materno e o esvaziamento da mama. Para amamentar, é importante que a mulher esteja tranquila e segura durante a amamentação.

Se o bebê chorar ou ficar alguns dias sem fazer cocô, não significa que o leite esteja sendo pouco. A Bolsa de água quente para bebês pode ajudar nesses casos, pois é um tratamento de termoterapia indicado para aliviar cólicas das crianças. É uma alternativa sustentável para a aplicação de calor e frio terapêuticos, produzida em tecido de algodão 100% orgânico e preenchida com caroços de palmeira juçara, cultivados em processo de agroecologia.

 

ASSISTA AO VÍDEO: Motivos para ter a Bolsa para Água Quente Mercur

 

O que ajuda na produção do leite materno:

  • Procurar um ambiente mais tranquilo e confortável para amamentar;
  • Assegurar uma rede de apoio;
  • Ingestão de água suficiente por parte da mãe, para matar a sede e manter-se hidratada;
  • Alimentação adequada e saudável.

 

E quando não é possível amamentar?

“Quando não é possível a amamentação, é preciso reconhecer a possibilidade e os avanços que existem e confiar nos profissionais de saúde que acompanham o desenvolvimento da criança. A mulher, como protagonista desse momento, deve ser ouvida, respeitada e acolhida, sem julgamentos. Para as mães que, por algum motivo, não puderem amamentar, indica-se que mantenham bastante contato pele a pele com seu filho, segure no colo, olhe nos olhos durante esse momento. Assim como poderá ter a possibilidade de estabelecer uma amamentação mista,” explica a enfermeira especialista em amamentação Soninha.

Soninha conta que  seu trabalho nasceu da experiência em cuidar de bebês desde os 12 anos de idade, e da sua dificultosa amamentação do seu filho João Gabriel.

“Bem como da demanda de mulheres que desejam amamentar, mas precisam de apoio físico e emocional para desenvolverem uma maternidade consciente,  melhorando  o conhecimento quanto à gestação, parto, pós-parto e como cuidar do bebê com segurança”, sentencia sua missão.

 

Maio Branco

Todas as mães que amamentam são possíveis doadoras de leite humano, bastando que estejam saudáveis e sem usar medicamentos que interfiram na amamentação. Maio, além do mês das mães, também celebra o “Maio Branco” com o Dia Nacional e Mundial de Doação do Leite Humano e Semana Nacional de Doação do Leite Humano, no dia 19.

A data foi instituída pela Lei 13.227/2.015, que procura sensibilizar para a importância da doação de leite, além da proteção e promoção do aleitamento materno. Para informações sobre doação de leite, procure o sistema de saúde da sua cidade.

 

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