Saúde

O que você precisa saber sobre o uso de muletas infantis?

Publicado em: 28 de maio de 2024

Tempo estimado de leitura: 5 minutos

Por: Maré – Marca e Conteúdo

Altura, peso e tipo de lesão podem definir qual a muleta mais adequada para o tratamento e rotina da criança

Lesões, quedas, procedimentos cirúrgicos e até mesmo problemas de mobilidade também são vivenciados por crianças de diferentes idades. Independente da faixa etária, os recursos de mobilidade devem estar adequados para promover uma recuperação efetiva. Em casos de uso permanente, uma melhor autonomia na locomoção e nas atividades do dia a dia podem ser proporcionados com indicações corretas de uso.

De acordo com o médico ortopedista pediátrico João Pedro Rocha, as muletas podem ajudar na recuperação de lesões e na mobilidade, auxiliando para regular o peso do corpo sobre a perna machucada ou mais fraca. Isso ajuda no equilíbrio e permite que a criança execute suas atividades diárias com mais segurança e autonomia.

“Crianças mais novas precisam de maior supervisão e órteses mais estáveis, como andadores, ao invés de muletas. Principalmente porque ainda estão desenvolvendo seu equilíbrio e coordenação motora” afirma.

Qual a altura ideal da muleta para crianças?

As muletas axilares são as mais indicadas para crianças, segundo o especialista. Para que esse recurso seja confortável e ajude no uso diário, é preciso estar atento à altura adequada.

O ortopedista pediátrico João Pedro Rocha explica que a parte superior da muleta deve ficar cerca de dois dedos abaixo das axilas. Já as alças devem estar posicionadas de modo com que os cotovelos fiquem levemente flexionados em torno de 20 a 30 graus quando a criança está em pé e apoiada.

“No caso de andadores, a barra de apoio deve estar na altura dos punhos da criança, quando ela está em pé dentro do andador”, conclui.

No caso do uso permanente destes recursos, é preciso pensar também no conforto para que as muletas sejam eficazes, mas também aceitas pela criança, se tornando um acessório facilitador, e não o contrário.

“É indicado o uso de muletas mais ergonômicas, para melhor apoio principalmente dos braços e antebraços,  melhorando a distribuição do apoio e diminuindo a chance de lesões por esforço repetitivo” , explica.

Outros cuidados mencionados pelo especialista é o uso de almofadas para as axilas e punhos, locais de maior pressão. Em casos onde é necessário o uso de andadores, usar com rodas para melhor mobilidade, mas freios para controle.

Outra dica é manter sempre um treinamento para aprimorar a prática da criança no uso da sua órtese.

Muleta axilar ou canadense: qual é a melhor para as crianças?

Axilares ou canadenses, o seu uso vai depender de diversos fatores, como o caso a ser cuidado, a estrutura corporal da criança e a sua adaptabilidade. Segundo Rocha, as muletas axilares são muletas que possuem apoio na axila e nas mãos, aumentando a estabilidade. Portanto, são indicadas para crianças menores, que já possuem algum equilíbrio e não precisam de andadores.

Já as muletas canadenses, por outro lado, possuem apoio no antebraço e nas mãos – portanto, apoios mais próximos. Assim, são indicadas para adolescentes ou pré-adolescentes que possuem maior controle de equilíbrio.

Dicas para crianças que usam muletas

O ortopedista pediátrico João Pedro Rocha traz algumas dicas para garantir a segurança das crianças durante o uso de muletas, prevenindo acidentes em ambientes internos ou externos.

  • Como dicas de segurança para prevenção de acidentes, é sempre importante ressaltar que a criança deve usar calçados antiderrapante justos ao pé, como, por exemplo, sandálias papete ou tênis. Evitar chinelos de dedo ou calçados sem apoio no calcanhar e, principalmente, evitar andar somente com meias.
  • Em ambientes internos, evitar tapetes ou superfícies irregulares e ficar atento aos obstáculos dentro de casa, como brinquedos espalhados no chão.
  • Em ambientes externos, evitar caminhar em terrenos acidentados ou com risco de escorregamento.
  • Orientar os filhos a não andarem rápido, principalmente em rampas ou escadarias.

Lembre-se sempre de consultar um médico especialista para indicação de melhor tratamento e recurso, de acordo com cada caso.

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