Gestão responsável

Fomentar o mercado local por meio do bem-estar social

Publicado em: 22 de dezembro de 2021

Tempo estimado de leitura: 11 minutos

Por: Paes.digital

Fortalecer comerciantes e produtores nacionais gera impactos positivos na economia regional, além do potencial sustentável

Neste texto você vai encontrar:

  • Impactos de um consumo inconsciente
  • Impactos do consumo consciente
  • Como a Mercur potencializa a economia local
  • Quais os benefícios do desenvolvimento sustentável local

Com o avanço da globalização, consumir de empresas multinacionais tornou-se algo completamente comum. Muitas vezes isso é o que faz com que a população tenha acesso a determinados produtos que antes eram inacessíveis.

No primeiro momento, essa relação pode parecer muito vantajosa. Mas existe algo que perdemos quando não fortalecemos o mercado local.

Quais os impactos de um consumo inconsciente?

Nos modelos de produção e consumo vigentes na economia, por vezes somos direcionados a pensar que inovação e futuro estão diretamente relacionados com facilidade de acesso à tecnologia e ao que queremos ou precisamos no momento. Melhor ainda se custar pouco.

Algumas dessas coisas, na verdade, custam muito. É por isso que inovação na indústria hoje é mais do que realidade virtual, impressão 3D, smart grid ou big data.

O futuro pode até ser tecnológico, mas apesar de toda a sofisticação das super novidades — que surgem para incentivar o consumo desenfreado de objetos que se tornam obsoletos com muita rapidez — há um lado que nunca aparece nas notícias sobre inovação.

O lado que custa caro porque causa impactos como:

  • falta de alimentos
  • falta de moradia e emprego nas cidades
  • poluição
  • desigualdade social
  • exploração indevida

E também, é claro, esgotamento em um planeta com recursos escassos e necessidades humanas ilimitadas.

O que ganhamos quando a comunidade está fortalecida?

Para Breno Renato Strussmann, Facilitador de Direção da Mercur, a principal relevância em desenvolver o mercado local são as questões que denominamos como humano-econômico-sócio-ambientais, a partir de um olhar de mundo biocêntrico.

Ele acredita que desenvolver o mercado local é importante porque conecta pessoas, economia, sociedade e meio ambiente de forma integrada. Isso ajuda a criar empregos na região, apoiar empreendedores, reduzir o impacto ambiental ao usar produtos locais e fortalecer a cultura local. Ele destaca a importância de fazer parcerias próximas e criar soluções que atendam às necessidades da própria comunidade.

Segundo Strussmann, esse processo favorece a interação entre as pessoas, sustentando espaços de confiança e engajamento.

Outro grande benefício é a qualificação e a aprendizagem colaborativa, que ajudam a desenvolver talentos e negócios locais. Isso diminui a dependência de influências externas ou desconhecidas, além de contribuir para questões ambientais de forma significativa.

Leia também: https://mercur.com.br/cocriar-um-mundo-melhor-entenda-a-importancia-de-consumir-alimentos-organicos/

Como incentivar o mercado local?

Strussmann nos diz que é preciso buscar o envolvimento da comunidade através de dinâmicas e espaços colaborativos e participativos.

O objetivo é identificar iniciativas capazes de mobilizar diferentes atores e estimular o engajamento local.

Também é possível adotar ações simples no dia a dia para incentivar o mercado local, como: procurar, primeiro, o produto que você precisa nos comércios próximos; divulgar pequenos negócios nas redes sociais; pesquisar se as empresas utilizam produtos locais ou estrangeiros; e conversar sobre o tema com as pessoas ao seu redor.

Investir em relações produtivas locais, que sejam mais justas, é uma forma de impulsionar a geração de trabalho e renda, e por consequência, a redistribuição de riquezas e a redução de desigualdades sociais.

Qual é a relação da Mercur com o fortalecimento do mercado local?

A ideia da Mercur — que há cerca de uma década iniciou um processo de transição em seu modelo de atuação — é valorizar e incentivar a produção e economia locais, proporcionar geração de empregos, espaços de aprendizagem aos trabalhadores, criar novas ocupações, produtos e serviços que agreguem valor à cadeia produtiva.

Um exemplo é a alimentação orgânica nos refeitórios da empresa, que além de serem mais saudáveis ao meio ambiente, são adquiridas de produtores familiares locais.

“Faz parte do posicionamento da organização, inerente à sua cultura, bem como dos seus macro desafios e iniciativas no olhar presente e futuro: cocriar um mundo de um jeito bom para todo o mundo”, sinaliza Strussmann.

Jorge Hoelzel, facilitador da Mercur, diz que a redução das exportações e importações tem a ver com a possibilidade de investir mais energia nas comunidades, onde se está mais próximo física e culturalmente.

“Além disso, entendemos que as emissões de gases de efeito estufa nestas operações prejudicam demais o meio ambiente, a menos que um produto ou serviço seja muito necessário e não possa ser obtido de outra forma”, explica.

Para ele, ao se investir em relações produtivas locais, promove-se o desenvolvimento local em todas as suas instâncias.

Isso também diminui sensivelmente os impactos negativos das externalidades, que são situações desconhecidas até o momento; ou desconsideradas, em função do olhar equivocado de que os ganhos econômico-financeiros resolvem qualquer problema.

A Mercur também diminuiu as importações por meio da criação de uma fábrica de alumínio, viabilizando a produção de alguns produtos com matéria-prima e produção feita toda no Brasil, por exemplo, as muletas e bengalas.

Gostou desta publicação?
Compartilhe com seus amigos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Enviando comentário, aguarde..

Assine a nossa Newsletter